Eterno retorno:
eu, mais uma vez, jogada no chão do banheiro.
Tão pretensiosamente nietzschiana. 
Eu, uma vez mais, sem forças pra levantar do chão do banheiro, sangrando sobre outro azulejo de qualquer cor bem clara, escolhido há anos com o que parece ter sido a única intenção de contrastar com todo esse sangue sujo que me escorre no dia de hoje.
Tão estupidamente vulgar, Marina. O mesmo desprezo enquanto articula a palavra ", MARINA" sai hoje da boca de um novo espectador, que pela primeira vez sente desprezo ao assistir a frívola cena do sangue no azulejo.
Prefiro seguir insistindo no ato. 'Talvez uma melhor seleção de público possa ser a salvação desse espetáculo' penso, como se não tivesse deduzido há anos que o próprio sempre esteve destinado ao fracasso enquanto imploro, mais uma vez, pra que ele não abandone o teatro.
A mesma velha preferência patética por sempre insistir em trocar filho da puta por leviano... 
ou não: talvez o problema seja eu. Mais uma vez.

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